Este é um momento crucial para o
setor de energia brasileiro. Além das novas rodadas de licitação que
estão previstas, o futuro do gás no Brasil está numa fase de
desenvolvimento importante. Então o Rio Gas Forum é uma plataforma para a
Petrobrás se reunir com clientes e parceiros do setor de gás e energia
do Cone Sul, e descobrir oportunidades para colaboração e projetos
futuros. O Brasil tem muitas opções nessa área, incluindo a continuação
da importação do gás boliviano, a utilização do gás produzido nos campos
do pré-sal, o desenvolvimento do gás natural e não convencional em
terra, ou até o aumento da capacidade de trazer GNL de outras partes do
mundo. O Forum vai examinar todas essas alternativas e tentar apontar a
melhor estratégia de longo prazo para o país.
Qual é a relevância do Brasil no mercado de gás internacional?
Além do legado de importação da
Bolívia, o Brasil também tem importado gás há alguns anos através de
seus terminais de GNL em Pecém (CE) e na Baía de Guanabara (RJ). Fora
isso, a Petrobrás é um player de grande relevância no mercado global de
GNL por suas atividades comerciais, e, dependendo do que acontecer com
os recursos do pré-sal, uma opção para o Brasil é a exportação do gás
para outros países do Cone Sul.
Outro ponto interessante, fora
do downstream, é a previsão que se tem feito sobre o crescimento do
setor de fertilizantes brasileiro, que deve passar por um momento de
expansão para reduzir as importações e pode gerar uma grande
oportunidade para muitas empresas da área.
Que tipo de política pode ser implementada para fomentar o setor?
As próximas rodadas de licitação
de blocos exploratórios voltadas para o shale gas, que serão discutidas
pela ANP durante o Rio Gas Forum, vão revelar novas oportunidades para
os operadores existentes e para novos investidores do mercado.
O evento pretende abordar questões relativas ao gás não convencional?
Nós vimos a revolução do shale
gas transformar o mercado de energia nos Estados Unidos. Apenas alguns
anos atrás, ninguém teria imaginado que os EUA pudessem se tornar um
exportador de energia. O Brasil tem recursos muito ricos de shale gas e
já há atividades de exploração na Bacia de São Francisco. O desafio do
país será levar estes recursos aos mercados com preços comerciais, então
esse será um elemento muito interessante a ser discutido.
Quais os maiores entraves no Brasil ao crescimento do setor de gás?
A previsão hoje é que o mercado
de gás brasileiro cresça cerca de 10% ao ano até 2020. Para alcançar
essa meta, serão necessários muitos avanços em termos de infraestrutura,
incluindo o aumento da capacidade de transporte dutoviário e estruturas
para armazenamento onshore. Outro desafio é a competição com outras
fontes de energia. Enquanto a maior parte da matriz energética
brasileira hoje é formada por hidrelétricas, que dependem das chuvas, o
país tem crescido muito rapidamente e demandará outras formas de geração
de energia. O gás é uma fonte bem aceita, abundante e tem um preço
razoável, então está em boa posição para preencher a lacuna da matriz do
Brasil.
Quais planos referentes à distribuição de gás pelo território brasileiro devem ser debatidos no encontro?
A diretora do departamento de
gás do Ministério de Minas e Energia, Symone Araújo, vai dar detalhes do
Plano de Expansão da Malha de Transporte Dutoviário (Pemat) durante o
Forum.
Quais as expectativas da organização com o evento?
A CWC pretende receber
executivos de várias partes do mundo e novos investidores do setor de
gás no Forum deste ano. O evento vai permitir que novos e antigos
representantes do setor entendam mais profundamente a dinâmica do
mercado brasileiro e encontrem novas oportunidades. Como sempre, nossos
amigos da Petrobrás estarão presentes em busca de conhecer novas
oportunidades de colaboração. As próximas rodadas de licitação vão
despertar o interesse de muitos investidores e esperamos que a ANP
responda algumas questões das delegações internacionais.
A programação contará com
apresentações de representantes da Shell, da HRT, da MPX, da Odebrecht,
da OGX, do Ministério de Minas e Energia, do governo de Minas Gerais e
muitos outros. Com isso, o Forum deverá ser tanto uma boa fonte de
informação quanto uma excelente oportunidade de negócios. Esperamos que o
evento continue a ser o encontro mais importante para os
executivos-sênior da indústria e que tenha um papel vital no
desenvolvimento do mercado de gás brasileiro.
Fonte: Petronotícias.
Fonte: Petronotícias.
0 comentários: