Complexo industrial do Porto do Açu começa a operar no próximo mês

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A Unidade de Construção Naval da OSX, no Porto do Açu, iniciará suas operações em abril, marcando o começo das atividades no complexo e industrial e portuário, em São João da Barra (RJ). O primeiro trabalho previsto será construir um PLSV para a Sapura, cuja entrega está prevista para dezembro de 2014, data em que as obras do estaleiro serão concluídas. 

De acordo com informações da LLX, mais de 40% das obras da UCN já foram executadas. Com área total de 3,2 milhões de m², o estaleiro terá cais com 2.300 m de extensão (extensíveis para 3.525 m) e capacidade para processar 180 mil t de aço/ano, podendo chegar a 400 mil t/ano. 

A UCN terá um dique seco, onde poderão ser construídos dois FPSOs e uma plataforma menor, como uma TLP, ao mesmo tempo, ou até seis navios-tanque simultaneamente, por exemplo. O estaleiro terá ainda capacidade para montar cerca de 100 módulos e oito jaquetas e integrar até 11 FPSOs e oito WHPs em paralelo. 

Segundo o gerente executivo da UCN Açu, Ivo Dworschak, o projeto da OSX é uma resposta às demandas da Petrobras para os próximos anos. “Nossa intenção é ser a oficina do pré-sal”, afirma. 

O executivo destaca que a UCN, projetada em parceria com a Hyundai Heavy Industries, será um dos mais modernos estaleiros do mundo, com capacidade para instalar módulos a contrabordo de um FPSO acostado com auxílio do Goliath, um guindaste com 125 metros de altura que poderá içar até 1,6 mil toneladas. “Temos de competir com a mão de obra asiática usando novas tecnologias”, observa. 

A UCN está localizada na área do terminal onshore TX2, que está sendo instalado no entorno de um canal de navegação com 6,5 km de extensão, 12 m de profundidade (extensíveis para 16 m) e 300 m de largura. A expectativa é que o primeiro atracamento no terminal ocorra entre maio e junho, quando uma embarcação que trará equipamentos para a UCN deverá chegar ao local. 

Fornecedores 

Nas proximidades do estaleiro estão sendo construídas fábricas e bases de apoio para o setor petrolífero. A dinamarquesa National Oilwell Varco (NOV) planeja iniciar a fabricação de risers flexíveis no local em julho. Instalada em um terreno de cerca de 120 mil m², a fábrica da empresa poderá produzir a partir do final do ano 200 km de linhas/ano. Em 2014, a expectativa é que a produção suba para 250 km de tubos flexíveis por ano. 

Já a francesa Technip pretende inaugurar até o final do ano no local uma fábrica de linhas flexíveis, que será vizinha à primeira fábrica da finlandesa Wärtsilä no Brasil, focada em soluções e serviços nas áreas de energia e propulsão marítima. 

A área do TX2 receberá ainda duas bases de apoio logístico – uma da Intermoor e uma da Asco Brasil –, além de uma base da MFX, joint venture formada entre a EBX e a BP para comercialização de combustíveis marítimos. A fabricante francesa de dutos sem costura V&M do Brasil e a norte-americana GE também estão se instalando no local. 

Exportação/ importação 

Enquanto que o TX2 dará apoio às atividades da UCN e às bases das fornecedoras instaladas na área, o TX1 será responsável pela movimentação de petróleo e exportação de minério de ferro. O terminal offshore terá 21 m de profundidade (extensíveis para 26 m), o que permitirá o atracamento de embarcações do porte de um Panamax e até mesmo de VLOCs/Chinamax. 

Próximo ao TX1 será construída a Unidade de Tratamento de Petróleo do Porto do Açu (UTP), que poderá movimentar até 1,8 milhão de b/d – a unidade já possui licença para movimentar 1,2 milhão de b/d - e fazer o dessalgamento do óleo. 

De acordo com o gerente comercial da LLX, Rodrigo Maciel, a UTP permitirá a operadoras instaladas no complexo economizar até US$ 5 por barril de óleo movimentado. Além do tratamento, as empresas poderão fazer o blending do petróleo na unidade, adequando o produto às especificidades do cliente. 

O executivo sublinha ainda que as operadoras terão a possibilidade de estocar o combustível a ser exportado na UTP e, ao consolidar a carga, fazer o uploading em um VLCC para exportá-lo para a Ásia, evitando o uso de navios DP, cujo custo de frete é maior.
 
Fonte: energiahoje
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