Estatal vê mercado brasileiro de gás natural com menos fôlego

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As distribuidoras de gás natural não conseguirão criar um mercado consumidor capaz de absorver o crescimento da oferta previsto para os próximos anos, de acordo com as projeções da Petrobras. A petroleira reduziu em 13 milhões de m3/dia a demanda de gás natural esperada para 2020, sobretudo no setor não termelétrico. 

De acordo com as projeções do Plano de Negócios 2013-2017, o mercado das concessionárias de gás natural deve crescer 40%, ou 16 milhões de m3/dia, até o final da década, atingindo 56 milhões de m3/dia. No último plano, contudo, a Petrobras projetava um mercado de 67 milhões de m3/dia em 2020. 

A petroleira também reduziu a expectativa de consumo nas refinarias em 2 milhões de m3/dia. Segundo a Petrobras, as unidades de refino devem chegar a 2020 consumindo 23 milhões de m3/dia – no último plano, a expectativa era de 25 milhões de m3/dia. 

Enquanto a demanda foi projetada pra baixo, a oferta foi revisada para cima. De acordo com o PN 2013-2017, a oferta de gás nacional deve dobrar e atingir 86 milhões de m3/dia em 2020. 

A previsão da companhia é que a capacidade de oferta total de gás ao mercado – o que inclui GNL e gás boliviano também - atinja 171 milhões de m3/dia no final da década, ante um mercado consumidor de 142 milhões de m3/dia – incluindo termelétricas e autoconsumo. 

Preços menores 

Os consumidores, no entanto, enxergam um potencial muito maior de crescimento do mercado, caso o preço do gás fosse revisado. 

De acordo com estudos encabeçados pela Gas Energy, como parte do programa +Gás Brasil, se o preço do gás natural fosse reduzido para uma relação de 40% do preço do óleo, o aumento da demanda industrial poderia girar em torno de 41 milhões de m3/dia até 2025, o que representaria um incremento anual superior a 3 milhões de m3/dia – a projeção da Petrobras é de cerca de 2,28 milhões de m3/dia.
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