Shell paga US$ 6,7 bi por reservas de GNL da Repsol

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A Royal Dutch Shell comprou os ativos de gás natural liquefeito (GNL) da Repsol por US$ 4,4 bilhões em dinheiro, no momento em que a maior companhia espanhola de petróleo tenta reduzir seu endividamento e evitar um rebaixamento de sua classificação de crédito para a categoria "junk". 

A Shell, maior fornecedora de GNL do mundo, vai comprar ativos que incluem a capacidade de exportação no Peru e Trinidad e Tobago, segundo informou ontem a companhia em um comunicado. Como parte do negócio, a Shell está assumindo endividamento de US$ 2,3 bilhões. O terminal de Canaport, no Canadá, que importa gás para a América do Norte, foi excluído do acordo. 

A Repsol, que vai contabilizar um ganho de capital de US$ 3,5 bilhões, está vendendo ativos para manter sua classificação de investimento. A agência Moody's Investors Service concede no momento uma nota para a companhia que está um nível acima da classificação junk e já colocou a Repsol sob perspectiva negativa depois que a Argentina confiscou os negócios da YPF, controlada por ela, em abril do ano passado sem nenhuma compensação. YPF respondia por quase metade de todas as reservas de petróleo da Repsol, cuja sede fica em Madri. 

"A posição da Shell de fornecedora global de GNL e sua base de clientes significam que estamos posicionados de maneira única para agregar valor à carteira de GNL da Repsol, inclusive através da capacidade de negociação da Shell", disse o diretor-presidente da Shell, Peter Voser. 

A unidade de regaseificação da Repsol no Canadá, originalmente parte dos ativos colocados à venda, foi deixada de fora da transação, já que seus contratos de importação de gás para a América do Norte por 25 anos foram considerados um obstáculo ao fechamento do negócio, segundo informaram este mês duas fontes a par do assunto. 

Os contratos da Repsol via Canaport azedaram depois que a extração de gás natural do xisto betuminoso criou uma grande oferta dessa commodity e os preços caíram.
Fonte: Guia Oil & Gas / Valor Econômico
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